The Phantom of the Opera

Endereço:245 W. 44th Street, New York, NY 10036
Website:www.thephantomoftheopera.com

Antes de falar desta peça, uma das mais conhecidas e assistidas por todos que visitam Nova Iorque, por que não contar um pouco a respeito do autor dessa obra magnífica, o Sr. Gaston Leroux.

Gaston Leroux foi um versátil autor francês que criou o “The Phantom of the Opera” (“O Fantasma da Ópera”). Ele era um homem dotado de enorme paixão pelo teatro, e assim sendo, de forma bastante apropriada, após anos escrevendo sem qualquer sucesso, conseguiu finalmente deixar a sua marca, com a confecção de um romance extraordinário que marcou a história da ópera na França e que ainda continua sendo encenado nas mais diversas casas de ópera ao redor do nosso planeta.



Na sua obra – “The Phantom of the Opera” – Gaston conseguiu captar a magia do cinema e a arte da dramaturgia, familiarizando o público com a sua obra, trazendo para as suas páginas a atmosfera da época em que vivia – final do século XIX – quando os franceses se interessavam pelo sobrenatural e pelo mundo espiritual.

Gaston nasceu em Paris em 1868, era um homem grande, cabelos escuros penteados para trás, e ostentava um bigode, suas vestimentas eram elegantes e valia-se de um pince-nez de ouro (uma espécie de óculos). Por ser um tanto exibicionista, certa vez alegou ser descendente de William, o Conquistador.

Apesar das suas inclinações literárias, seu pai queria que fosse um advogado. No entanto, o teatro para ele sempre esteve em primeiro lugar, buscou assim continuar escrevendo em seu tempo livre, até mesmo quando da época em que atuou como estagiário.

O curso da sua vida modificou-se sobremaneira com o falecimento do seu pai, ocasião em que herdou grande fortuna, aproximadamente um milhão de francos, mas Gaston decidiu abandonar o Direito e passou a jogar (o pôquer era seu grande vício), desperdiçando desta forma a sua herança, que dissipou-se em menos de um ano.

Leroux ainda assim não desanimou e conseguiu emprego no L’Echo de Paris em 1890, unindo duas áreas que conhecia bem, a Lei e o amor pelo teatro. Gaston passou a atuar como repórter e crítico de teatro.

Na sua primeira profssião, como repórter investigativo, Leroux passou a investigar a suspeita que existia a respeito da negligência da polícia local e da administração pública. Os seus relatórios eram sempre contundentes e não apenas expuseram vários oficiais corruptos, mas também lhe renderam fama como jornalista.

Leroux foi então até a Finlândia, ao sul do Mar Cáspio, através da Itália, Egito e Marrocos, muitas vezes disfarçando-se de modo a ser capaz de testemunhar eventos em primeira mão, mas a preocupação a respeito da sua saúde e o desejo natural de estabelecer uma família fizeram com que desistisse da sua vida “livre e feliz” como correspondente e que se tornasse um romancista.

Os seus primeiros livros foram considerados de má-qualidade. No entanto, em 1907, por conta da sua enorme admiração por Edgar Allan Poe e Sir Arthur Conan Doyle desenvolveu um jovem detetive, Joseph Rouletabille, que resolvia crimes aparentemente insolúveis numa sala fechada, o livro foi intitulado “The Mystery of the Yellow Room” (“O mistério do quarto amarelo”).

E em 1911 Gaston Leroux publicou sua obra “Le Fantôme de l’Opéra”, que apresentou para os seus leitores como sendo fruto de suas próprias investigações de eventos estranhos ocorridos num famoso teatro lírico em meados de 1880. Informou ainda Gastou que ele visitou um gigantesco lago subterrâneo onde o “Fantasma” houvera se escondido e que até mesmo tropeçou em esqueletos de alguns pobres coitados que foram massacrados no porão da casa de ópera.

Todavia, as vendas do livro foram apenas moderadas e as críticas um tanto desapontadoras. Mas estória acabou se transformando em um filme que foi exibido nas telas de cinema pela primeira vez em 1925, tornando Lon Chaney numa estrela.

Tragicamente Leroux não viveu para ver todo o triunfo da sua obra, mas acredita-se que ele visitou um cinema em Paris para assistir o filme em 1926.

Com a sua saúde abalada, morreu de uremia em 15 de abril de 1927. Gaston tinha 59 anos e havia escrito mais de 60 romances, nenhum deles o fez um homem rico. Atualmente, cópias desses livros são dificilmente encontradas a exceção do “Phantom of the Opera” e “The Mystery of the Yellow Room”.

The Phantom of the Opera está na Broadway, um musical imperdível, que narra a história de um “Fantasma” que habita um teatro de ópera em Paris – que por conta da sua deformação esconde o seu rosto com uma máscara – trazendo grande terror ao público, mas que cai de amores uma jovem mulher, uma soprano, dedicando-se para que ela se torne uma estrela.

A primeira apresentação deste maravilhoso musical foi levada a efeito do teatro Majesty em 09 de outubro de 1986.

Curiosidade: em 2004 foi lançado o filme – The Phantom of the Opera – com direção de Joel Schumacher.

Elenco: John Cudia (The Phantom), Jennifer Hope Wills (Christine Daaé), Marni Raab (Christine Daaé em algumas apresentações), Ryan Silverman (Raoul, Vicomte de Chagny), George Lee Andrews (Monsieur André), David Cryer (Monsieur Firmin), Patricia Phillips (Carlotta Giudicelli), Cristin J Hubbard (Madame Giry), Evan Harrington (Ubaldo Piangi), Heather McFadden (Meg Giry), dentre outros.

Direção: Harold Prince.

Teatro: Majestic Theater.

Duração: 2h:30min.

Ingressos: de US$ 26,50 a US$ 121,50.

NOTÍCIAS RECENTES